Na última segunda-feira, 20/05, os EUA voltaram atrás e adiaram a proibição de exportações de tecnologia para a Huawei. O motivo anunciado foi “conceder à empresa tempo para adequações”, súbita condescendência bastante suspeita. Afinal, o interesse é efetivamente a pressão, e soltar a pressão pode ter motivo bem diferente do anunciado, oposto até, considerando os prejuízos que a gigante americana Google pode ter com as medidas. O impacto seria tanto ou mais devastador, e pode atingir outras empresas fornecedoras de componentes de programas. O anúncio de que fabricantes como Qualcomm, Intel, Xilinx e Broadcom suspenderão fornecimento de produtos à Huawei é um indicativo de que a coisa desandou para todos os lados.
A Huawei outra saída não tem a não ser desvincular-se de qualquer dependência de produtos americanos. Washington parece transferir a questão para o lado político, suspeitando de um controle comunista por trás da empresa, com espionagens que favoreceriam Pequim. A guerra comercial busca justificativas sempre bem variadas, e no caso chinês, socorrer-se do motivo político não parece ser nada estranho.
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